Já foram registrados neste ano 3.558 casos de Influenza H1N1 no Brasil, segundo dados do boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Com 608 mortes, o número equivale a mais do que o dobro do mesmo período do ano passado. O documento contabiliza os registros de atendimentos da chamada síndrome aguda respiratória grave até o dia 23 de junho.
Destes, cerca de 60% dos casos foram causados pelo H1N1, vírus de circulação sazonal, mas apontado como de maior chance de causar complicações especialmente em pessoas de maior risco, como idosos, pessoas com comorbidades e crianças.
Para comparação, no mesmo período de 2017, havia 1.459 casos de influenza, com 237 mortes — o que representa um aumento de 143%. Na época, o vírus predominante era H3N2, subtipo que também pode causar casos graves, mas sobretudo em idosos, como informa o infectologista Marcos Boulos.
Já no início deste mês, o país registrava 2.315 casos de influenza, com 274 mortes. Dentre as mortes ocorridas neste ano, 74% foram em pacientes com ao menos um fator de risco para desenvolver complicações da doença, como idosos (236 mortes), pessoas com doenças cardiovasculares (143 mortes) e diabetes (109 casos).
Também cresceu o número de mortes de crianças menores de cinco anos. Só até a última semana, foram 46 casos, o triplo do registrado no mesmo período do ano anterior.
Apesar do aumento, o total ainda é menor do que o registrado em 2016, quando houve 12.174 casos de gripe e 2.220 mortes em todo o ano — o maior número já registrado desde a pandemia de 2009. Já os registros até junho daquele ano, mesmo período atual, somavam 7.441 casos e 1.346 mortes.
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Fonte: https://badalo.com.br/saude/brasil-soma-608-mortes-por-gripe-h1n1-numeros-mais-que-dobram-em-relacao-a-2017